Ontem, confirmou-se o que comentava-se só internamente no governo do Estado. Infelizmente, acabou ocorrendo o que eu havia adiantado aqui, em primeira mão, meses atrás, de que a administração Leite iria negar todos os pedidos de mudanças feitos pela região para o projeto de concessão da RSC-287, para pedagiá-la e duplicá-la. A Faixa Nova de Camobi não foi mesmo incluída na concessão, e a praça de pedágio será construída entre Santa Maria e a 4ª Colônia. Apesar de o governo gaúcho ter apresentado várias justificativas técnicas, e algumas delas fazerem sentido, a negativa aos pedidos não deixa de ser um indicativo de que faltou força política, principalmente para Santa Maria, mas também da região.
- Depois de conversarmos muito com o prefeito Pozzobom, ele acabou compreendendo, mas não aceitando, ou aceitando, mas não compreendendo - disse à coluna o secretário estadual de Parcerias Bruno Vanuzzi, sobre não inclusão da Faixa Nova.
Era mais difícil mesmo mudar a praça de pedágio para não encarecer as viagens entre Santa Maria e a 4ª Colônia, pois os estudos técnicos e de contagem de veículos teriam de ser feitos novamente, atrasando o projeto. Porém, a inclusão da Faixa Nova não era algo impossível. O pior é que não há perspectiva de a duplicação desses 9km sair do papel, ao custo de mais de R$ 30 milhões, pois o Estado está com as contas quebradas e nem tem como prometer essa obra. Se não houver forte pressão e campanhas, passaremos mais 10 ou 20 anos com a tranqueira da Faixa Nova em pista simples.